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A Noite do meu bem

A Noite do meu bem

Ruy Castro

Encontra-se, à disposição, uma coletânea de Sambas-Canção que teve como definição de conteúdo a relação sugerida por Ruy Castro no seu livro "A noite do meu bem". As gravações, tanto quanto possível, são as originais, com seus respectivos interpretes ou, alternativamente devido a indisponibilidade, interpretes da época. Salienta-se que o apogeu deste gênero se verificou entre 1945 e 1965. Entre 1928 e 1945 temos a fase "pioneira" onde ainda não se rotulava o gênero como samba-canção. Após 1965 o gênero se confunde com a Bossa-Nova além de outras correntes nesta linha. São mais de 400 gravações!

(link para a coletânea)

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Apresentação

Luiz Reis Kermessi, paulista-paulistano da Mooca (juventino), tem trabalhado nos últimos 35 anos na área de engenharia automobilística de grandes montadoras. Em paralelo, a paixão pela arte fez que se aproximasse da música e da literatura, ou seja: audição de Jazz, Blues, Rock e Clássicos (incluindo, an passant, MPB) e leitura de tudo que aparece escrito. Como praticante (arteiro), tem desenvolvido como hobby a execução, no violão, de músicas do seu agrado e a redação de textos (crônicas e romances) sem pretensões financeiras ou fama. Já criou filhos, plantou árvores agora chegou a hora dos livros...

Yzcömrök ou A História de Ylkä

Esta é uma obra de ficção romanceada. É um trabalho que reune episódios reais pesquisados em consonância com passagens e personagens históricos reais e outros fictícios que não tem conotação explícita nem representam pessoas e situações reais, ou seja, qualquer semelhança aparente neste sentido é mera coincidência. A interpretação histórica e social bem como a análise da evolução geral dos fatos aqui presente, reflete apenas uma visão simplista e pessoal do autor e não traduz, necessariamente, a realidade ou opinião de pesquisadores, jornalistas, historiadores e outros versados no tema.

Jazz: Hummm...

Sempre nas conversas sobre este tema com conhecidos, observo que falta (um pouco e as vezes muito) neles uma compreensão da evolução do cenário jazzístico que se verificou dentro do século XX com seus protagonistas e afetos, ou seja, eu tenho que ficar explicando tudo repetidas vezes em diversos fóruns... Resolvi então, por brincadeira, fazer um apanhado dos artistas (compositores, músicos e interpretes cantores), escolas, estilos e outras nuances, e colocar tudo-junto-e-misturado dentro de um mesmo balaio, um escrito com pretensões didáticas básicas (não enfadonhas) para distribuir aos amigos menos esclarecidos...

Os Agentes da Saubere Welt

O romance se desenvolve, como pano de fundo, diante um planejado golpe de estado num dos países emergentes da África. Possui desdobramentos peculiares com protagonistas facínoras improváveis, cujas perspectivas, mesmo as mais animadoras, sugerem um impacto nas ações, de desmedida gravidade, não só pontualmente no país em referência, que é um meio encontrado de subsidiar financeiramente de início o “projeto”, mas sobretudo para a humanidade que perderia a linearidade da sua continuidade existencial. Um grupo bem estruturado de neonazistas, mantém o foco aperfeiçoado dos seus precursores originais e caminham a passos largos para atingirem objetivos de incalculável amplitude de destruição social, domínio econômico global e abolição da hereditariedade cultural dos povos. Fran & Ana, os “Agentes da Saubere Welt”, embora inexperientes em missões de espionagem e ações de contenção prática na arena dos episódios ofensivos, buscam com criatividade nata, arrojo e determinação, refrear o avanço criminoso...

A História de Billy Boy Blues

A triste história de uma nação que atribui para si enfaticamente grandes feitos e memoráveis personalidades, registra também, em letras miúdas (é claro), que um grande número de africanos que a revelia fora escravizado ainda na sua terra natal, desembarcou nas então colônias inglesas da América do Norte em meados de 1619 para ali amargarem, irremediavelmente, não somente suas miseráveis vidas, mas o futuro dos seus inadvertidos descendentes. Desde os primeiros dias dessas terríveis viagens transoceânicas, abundam relatos sobre escravos que cantavam emocionados lamentos nos porões dos navios que os arredaram da África. Os negros escravos eram considerados excelentes músicos - violinistas e banjoístas (visto que o banjo era um instrumento de origem africana). Era comum que tocassem e cantassem para o entretenimento e deleite de seus senhores em ocasiões festivas. Além do mais a música, como não poderia deixar de ser, fora já naqueles tempos, um forte veículo para expressar suas esperanças, sonhos e frustrações. Tão logo a guerra Civil chegara ao fim em 9 de abril de 1865 (dois anos após o Ato de Emancipação assinado pelo presidente Abraham Lincoln em 1° de janeiro de 1863, que teve como ponto central da lei a libertação de cerca de quatro milhões de escravos negros), os ex-escravos começaram, amiúde, a desenvolver suas habilidades musicais em uma notável variedade de estilos e gêneros. Saíram, na sua maioria, dos estados do sul rumo ao norte e oeste disseminando, de maneira consistente e robusta, o gênero musical baseado numa cultura própria que nada tinha a ver com aquilo que ingleses, irlandeses, alemães e hispânicos trouxeram da Europa e de alguns poucos países latinos. A iniciativa de alguns músicos afro-americanos de formar “empresas de menestréis”, refinando e expandindo esse mix musical não só nas ruas, mas também em eventos fechados (indoor), acabou influenciando os estilos primitivos de composição e performance da música popular americana. Sabe-se que muitos soldados que participaram da Guerra Civil abandonaram em todo o Sul, quando em debandada no final deste triste momento histórico, diversos instrumentos musicais... Os ex-escravos, pegaram e aprenderam a tocar esses instrumentos. Formaram conjuntos de metais e, mais tarde, bandas de jazz. Vertentes vocais, como o grupo “Fisk University Jubilee Singers” levaram o spirituals para um público branco não só nos EUA mas também para a Europa a partir da década de 1870. O teatro negro começou igualmente a florescer quase que concomitantemente na cidade de Nova York, com músicas compostas e tocadas por músicos negros... Não se sabe ao certo, mas acredita-se, que o blues começou sua trajetória musical por volta da década de 1890 ou na virada do século XX. As primeiras referências relatadas de forma escrita (documentadas) que temos de alguém que dissesse ter ouvido blues são W.C. Handy e Ma Rainey em 1903. Howard Odum foi o primeiro folclorista a colecionar músicas focadas no blues, e seu trabalho começou em 1908. Sabemos que antes do blues surgir, havia outros gêneros de música afro-americana encontrados principalmente no sul dos Estados Unidos. Bem, esta é a história de um homem negro que viveu, como tantos outros, preso a sua sina de ser socialmente discriminado, marginalizado, vetado... num momento ruim da história americana, mas com esperança de dias melhores. Tentou, como todos nós tentamos, encontrar um sentido para a vida. Buscou através do blues alcançar a paz de espírito, mas tinha nos amores que surgiram, um contraponto sempre presente e concatenado... algo assim como um carma quase impossível de dissociar....

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